MOVAD 2010

domingo, 28 de novembro de 2010

E a afinal o Papa liberou ou não o uso da camisinha?

O Papa não provocou transformações radicais na doutrina católica com as declarações sobre o uso de preservativos, que fazem parte do livro-entrevista que recolhe as conversas com o jornalista e escritor alemão Peter Seewald.
Na obra Luce del mondo. Il Papa, la Chiesa e i segni dei tempi (Luz do mundo. O Papa, a Igreja e os sinais dos tempos, em livre tradução) - que foi apresentada em coletiva nesta terça-feira, 23 -, o Pontífice explica que "pode haver casos individuais justificados" para o uso do preservativo, exemplificando com o caso da prostituta que recorre ao material.

"Esse pode ser o primeiro passo rumo a uma moralização, um primeiro ato de responsabilidade para desenvolver de novo a consciência do fato de que nem tudo é permitido e que não se pode fazer tudo o que se quer. No entanto, essa não é a maneira verdadeira e adequada para vencer a infecção do HIV. É verdadeiramente necessária uma humanização da sexualidade", afirma o Papa no livro.
A fala do Santo Padre provocou agitação em determinados setores, especialmente devido às interpretações feitas por alguns veículos de comunicação de que a declaração representaria um afrouxamento da doutrina católica nessa área.

O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi, emitiu uma nota oficial em que precisa:

"O Papa reafirma que 'naturalmente a Igreja não considera os preservativos como a solução autêntica e moral' do problema da Aids. Com isso, não reforma ou transforma o ensinamento da Igreja, mas o reafirma colocando-se na perspectiva do valor e da dignidade da sexualidade humana como expressão de amor e responsabilidade".

No entanto, a visão ampla e profunda do Pontífice sobre a sexualidade humana também leva em consideração a situação excepcional em que o exercício da sexualidade represente um verdadeiro risco para a vida do outro.

"Em tal caso, o Papa não justifica moralmente o exercício desordenado da sexualidade, mas considera que o uso do preservativo para diminuir o perigo de contágio seja 'um primeiro ato de responsabilidade', 'um primeiro passo no caminho rumo a uma sexualidade mais humana', muito mais que o não uso expondo o outro ao risco de vida. Em si, o raciocínio do Papa não pode ser certamente definido como uma mudança revolucionária. Numerosos teólogos morais e relevantes personalidades eclesiásticas sustentaram e sustentam posições análogas; é verdade, todavia, que não a tínhamos ainda escutado com tanta clareza da boca de um Papa, ainda que de uma forma coloquial e não magisterial", complementa Lombardi.

 Fonte: http://informefsa.blogspot.com/2010/11/e-afinal-o-papa-liberou-ou-nao-o-uso-da.html

FORMAÇÃO INTERCONGREGACIONAL,




 
O Misturinter, encontro intercongregacional de formandos e formandas, aconteceu nos dias 28 e 29 de 0utubro. Teve como tema: "O seguimento de Jesus nos dias de hoje", e foi acessorado pelo Frei Franklin, dos Frades Capuchinhos. Estiveram presentes 23 participantes de algumas congregações religiosas de Natal, a saber: Filhos e Filhas de Sant'Ana, Servas do Imaculado Coração de Maria, Vicentinos e Toca de Assis feminina.

Pe. Magno Jales

sábado, 23 de outubro de 2010

MOVIMENTO VOCACIONAL DO AMOR DIVINO – MOVAD

 
PROVÍNCIA NOSSA SENHORA DAS NEVES
MOVIMENTO VOCACIONAL DO AMOR DIVINO – MOVAD
PROGRAMAÇÃO

ENAV*
28 de maio de 2010 – sexta feira
Tema: Finalização do Planejamento do MOVAD para o Quadriênio do Governo de Ir.                         Nivalda

            7h – Eucaristia
            7h40m – Café da manhã
            8h30m – Oração inicial (Palavras de Abertura do encontro pela Ir. Nivalda -opção de dia e hora ao seu critério)
            9h - 1º momento: Reflexão sobre tema do Congresso Vocacional “Discípulos-                          missionários a serviço das vocações”
HISTÓRIA DO MOVAD
            10h – Lanche
            10h15 - Planejamento (Geral e anual, assumir compromissos) -power-point
            12h – almoço
            14h30m – 2º momento: Ver MOVAD de outubro e Congresso de setembro
            17h – Encerramento

MOVAD: Acolhimento às vocacionadas
            20h - Recreação de abertura –
            21h – Oração e recolhimento
           
MOVAD
29 de maio de 2010 – sábado
Tema: Fidelidade batismal como expressão do Amor

Por estarmos vivendo o ano sacerdotal, o enfoque do tema recairá sobre a vocação sacerdotal,  que assegura a presença de Jesus eucarístico em nosso meio, ressaltando a importância da Vida Religiosa Consagrada feminina na vida da Igreja na visão de um sacerdote.

Assessoria: Pe. Elielson e  Pe. Raul (a combinar)

            7h – Eucaristia
            7h40m – Café da manhã
            8h40m – Início do encontro: Aquecimento (animação)
            9h - Oração
            9h30m – Palavras de Abertura do encontro pela Ir. Nivalda (opção de dia)
            9h 45m Introdução do tema (1º momento) – Batismo, fonte das vocações          (destaque para a Eucaristia e a Ordem sacerdotal) – Fundamentos teológicos
            10h45 – Lanche
            11h – 2º momento do tema com orientação para refletir conteúdo – Importância           da Religiosa Consagrada na vida da Igreja. (Fundamentos bíblicos)
            12h – Almoço
            14h – Retorno da tarde: animação
            14h20m – Partilha da reflexão
            14h40m – Depoimento de um sacerdote sobre o seu ministério e a importância                                               da presença da vida consagrada na Igreja
            15h40m – lanche
            16h – Orientação para deserto: Interiorização
(pausa de 30m)
            17h 30m – Oração mariana: Recitação do Terço
            18h 30m – Jantar
            20h – Recreação festiva “Parabéns MOVAD I”
            22h – Vigília de Adoração pelo Santo Padre Bento XVI  (Rodízio de 1h entre                             MOVADs locais) – a combinar no ENAV*

MOVAD
29 de maio de 2010 – sábado
Tema: Fidelidade batismal como expressão do Amor
Assessoria:
            7h – Eucaristia
            8h – Café da manhã
            9h – Início do encontro – animação
            9h15m – Oração inicial
            9h 30m – Partilha da vivência do dia anterior: deserto e Vigília de adoração
            10h30m – Lanche
            10h45m - Conclusão do tema: considerações dos sacerdotes assessores e/ou                                                 das Irmãs
            11h45m – Avaliação (escrita e partilhada)
            12h45m – Oração de encerramento
            13h – Almoço de encerramento
           

           
           

           
           
           
           
           




sábado, 16 de outubro de 2010

25 ANOS DE MOVAD NA PROVÍNCIA N. SRA. DAS NEVES III


III- O Movad entre um passado e um futuro da Prov. N. Sra. das Neves


Podemos tomar como ponto de partida a realidade que caracterizou os anos 70, os desafios que a Província N. Senhora das Neves enfrentava, como se pode ler no Relatório do sexênio do então Governo Provincial:
A faixa etária da nossa Província constata 65% de nossas Irmãs com as idades entre 50 a 79 anos. Deste modo, faz-se exigências para nós, como imperativo desse processo de desenvolvimento da Província, voltarmo-nos para esses dois Pólos desafiantes à nossa Vida Religiosa: a) as Irmãs idosas e b) a promoção vocacional[1].
Para o item a) foi construída uma parte da Vila Maria entre 1977 e 1978 e para o item b) foi criado o MOVAD que surgiu como:
1 – um dever de toda a igreja;
2 – uma preocupação específica da América Latina, carente de agentes pastorais;
3 – um desafio aos Institutos Religiosos em face ao sensível aumento de vocações ao sacerdócio e à Vida Consagrada hoje.[2]
Trata-se do desenvolvimento da terceira meta do então Governo Provincial no sexênio 1975 –1980: recrutar e favorecer a formação dos Membros[3]. Era um sinal do zelo e o interesse tanto pelas jovens como pelas menos jovens.
Difundiu-se o MOVAD nas nossas diversas comunidades. A Província, através da equipe de formação, coordenou o Movimento Vocacional, realizando periodicamente: encontros vocacionais, dias de oração para vocacionados, retiros, tríduos vocacionais e envio de subsídios e cronograma de atividades para as comunidades, quer nas Paróquias, Colégios e ou para as Obras Sociais. No primeiro triênio de existência do MOVAD, foi realizada uma média de três grandes encontros por ano[4]. A equipe de animação era, na sua maioria, composta pelas junioristas, coordenadas pela Ir. Áquila Vieira de Lucena que era também a Mestra de Noviças.
Segundo o citado Relatório:
Foi realizada uma sondagem com as Irmãs da nossa Província, naturalmente,  onde se constatou que a Promoção Vocacional, como estava sendo feita, era vista, acolhida e sentida como sendo a esperança da Província, como um investimento positivo, um impulso de renovação. Muitas afirmaram que cada Irmã devia sentir-se “responsável”, tornando-se verdadeira agente deste Movimento, fazendo-o tocar para frente, não só pela oração, mas também pela ação. Sim, a primeira vocação a conquistar é a nossa: crer na própria vocação e vivê-la será um grande veículo de propaganda vocacional, pois o testemunho é o elemento mais fundamental de toda Promoção Vocacional[5].
Considerando desde as suas origens e o desenvolvimento que hoje se observa, podemos dizer que o MOVAD foi e é um instrumento de renovação. Pois, a partir do MOVAD, a Província assumiu uma forma mais atual e participativa para dinamizar as vocações.
E agora, ao Celebrar os seus 25 anos de atuação, é possível, sinteticamente, considerar dois aspectos que marcam a sua evolução: num primeiro momento percebemos a concepção da práxis do projeto como um movimento de animação numa época em que o noviciado estava se esvaziando; e, num segundo momento, constata-se uma projeção que vai além da animação, que transcende o animador vocacional para uma comunidade vocacional, meta que ainda se encontra em vias de desenvolvimento e de aprofundamento, pois ainda se faz necessário um maior envolvimento de todos os membros, tendo em vista uma Província de fato toda Vocacional, como pretende e para tal investe o atual Governo Provincial.
Na verdade, não se pode conceber o MOVAD fora de uma época de mudanças, de renovação, de crises de passagem do que era a Vida Religiosa antes e após o Concílio Vaticano II. Logo, o MOVAD é filho de um tempo de crise, ligada a esta história. Ligada a uma sensível flexão numérica dos membros de nossa Família religiosa. Era um tempo de contestações e adaptações exteriores, pessoais, comunitárias e institucionais.
Não se tratava de encher o noviciado para retomar o vigor de outrora, isto seria uma visão pouco histórica e eclesialmente pobre. Era a consolidação de uma determinada presença da Igreja, com enfoque diferente. Estava relacionado com uma possível extinção diante de correntes que abalavam as estruturas tidas como firmes.
Era a transição em que se processava um certo ajuste para estabelecer um maior equilíbrio entre a busca da perfeição e o dom, entre o clericalismo e o carismático, entre a comunidade monástica e a comunidade missionária, entre o que se chamava fuga do mundo e a inserção no mundo.
Refletindo com os critérios da história, vendo o Movad entre o ontem e o hoje de nossa Província, é impossível concebê-lo fora de uma lógica de mudança, de renovação, de crises, de passagem do que era para o que se começava a exigir da Vida Religiosa.
Logo, trata-se de uma atitude nova, de uma nova responsabilidade que deu asas para o que hoje chamamos de Pastoral Vocacional. Portanto, significa mais do que o simples recrutamento como parecia ser, antes de tudo provocava um estímulo para a mudança, para ajudar a emergir a vocação de cada um. Logo, foi e é um serviço àqueles que estão em busca e a todos para que descubram a sua vocação e lhe seja fiel.
Por isto, podemos identificar o MOVAD como sendo um dos sinais visíveis, concretos, de que a Província está viva, caminhando pelas estradas do mundo na tensão entre o ontem e o agora, como uma Comunidade que busca concretizar a sua dimensão Profética.


[1] Cfr. Ibid. Trata-se de um item do relatório Geral dos dois Triênios do Governo de Ir. M. Clemens Santa Cruz Montenegro, onde também a Ir. Áquila Vieira de Lucena, responsável pela Formação, apresenta um relato dos três primeiros anos do Movad.
[2] Ibid. s/p
[3] As Metas eram: 1 – Fomentar a Unidade na Província; 2 – Dinamizar a Vida Comunitária; 3 – Recrutar e favorecer a Formação dos Membros; 4- Realizar e descobrir os valores pessoais. Cfr. Ibid. s/p
[4] Cfr. Ibid. s/p
[5] O sublinhado das palavras encontra-se no texto original.

III- O Movad entre um passado e um futuro da Prov. N. Sra. das Neves

Podemos tomar como ponto de partida a realidade que caracterizou os anos 70, os desafios que a Província N. Senhora das Neves enfrentava, como se pode ler no Relatório do sexênio do então Governo Provincial:
A faixa etária da nossa Província constata 65% de nossas Irmãs com as idades entre 50 a 79 anos. Deste modo, faz-se exigências para nós, como imperativo desse processo de desenvolvimento da Província, voltarmo-nos para esses dois Pólos desafiantes à nossa Vida Religiosa: a) as Irmãs idosas e b) a promoção vocacional[1].
Para o item a) foi construída uma parte da Vila Maria entre 1977 e 1978 e para o item b) foi criado o MOVAD que surgiu como:
1 – um dever de toda a igreja;
2 – uma preocupação específica da América Latina, carente de agentes pastorais;
3 – um desafio aos Institutos Religiosos em face ao sensível aumento de vocações ao sacerdócio e à Vida Consagrada hoje.[2]
Trata-se do desenvolvimento da terceira meta do então Governo Provincial no sexênio 1975 –1980: recrutar e favorecer a formação dos Membros[3]. Era um sinal do zelo e o interesse tanto pelas jovens como pelas menos jovens.
Difundiu-se o MOVAD nas nossas diversas comunidades. A Província, através da equipe de formação, coordenou o Movimento Vocacional, realizando periodicamente: encontros vocacionais, dias de oração para vocacionados, retiros, tríduos vocacionais e envio de subsídios e cronograma de atividades para as comunidades, quer nas Paróquias, Colégios e ou para as Obras Sociais. No primeiro triênio de existência do MOVAD, foi realizada uma média de três grandes encontros por ano[4]. A equipe de animação era, na sua maioria, composta pelas junioristas, coordenadas pela Ir. Áquila Vieira de Lucena que era também a Mestra de Noviças.
Segundo o citado Relatório:
Foi realizada uma sondagem com as Irmãs da nossa Província, naturalmente,  onde se constatou que a Promoção Vocacional, como estava sendo feita, era vista, acolhida e sentida como sendo a esperança da Província, como um investimento positivo, um impulso de renovação. Muitas afirmaram que cada Irmã devia sentir-se “responsável”, tornando-se verdadeira agente deste Movimento, fazendo-o tocar para frente, não só pela oração, mas também pela ação. Sim, a primeira vocação a conquistar é a nossa: crer na própria vocação e vivê-la será um grande veículo de propaganda vocacional, pois o testemunho é o elemento mais fundamental de toda Promoção Vocacional[5].
Considerando desde as suas origens e o desenvolvimento que hoje se observa, podemos dizer que o MOVAD foi e é um instrumento de renovação. Pois, a partir do MOVAD, a Província assumiu uma forma mais atual e participativa para dinamizar as vocações.
E agora, ao Celebrar os seus 25 anos de atuação, é possível, sinteticamente, considerar dois aspectos que marcam a sua evolução: num primeiro momento percebemos a concepção da práxis do projeto como um movimento de animação numa época em que o noviciado estava se esvaziando; e, num segundo momento, constata-se uma projeção que vai além da animação, que transcende o animador vocacional para uma comunidade vocacional, meta que ainda se encontra em vias de desenvolvimento e de aprofundamento, pois ainda se faz necessário um maior envolvimento de todos os membros, tendo em vista uma Província de fato toda Vocacional, como pretende e para tal investe o atual Governo Provincial.
Na verdade, não se pode conceber o MOVAD fora de uma época de mudanças, de renovação, de crises de passagem do que era a Vida Religiosa antes e após o Concílio Vaticano II. Logo, o MOVAD é filho de um tempo de crise, ligada a esta história. Ligada a uma sensível flexão numérica dos membros de nossa Família religiosa. Era um tempo de contestações e adaptações exteriores, pessoais, comunitárias e institucionais.
Não se tratava de encher o noviciado para retomar o vigor de outrora, isto seria uma visão pouco histórica e eclesialmente pobre. Era a consolidação de uma determinada presença da Igreja, com enfoque diferente. Estava relacionado com uma possível extinção diante de correntes que abalavam as estruturas tidas como firmes.
Era a transição em que se processava um certo ajuste para estabelecer um maior equilíbrio entre a busca da perfeição e o dom, entre o clericalismo e o carismático, entre a comunidade monástica e a comunidade missionária, entre o que se chamava fuga do mundo e a inserção no mundo.
Refletindo com os critérios da história, vendo o Movad entre o ontem e o hoje de nossa Província, é impossível concebê-lo fora de uma lógica de mudança, de renovação, de crises, de passagem do que era para o que se começava a exigir da Vida Religiosa.
Logo, trata-se de uma atitude nova, de uma nova responsabilidade que deu asas para o que hoje chamamos de Pastoral Vocacional. Portanto, significa mais do que o simples recrutamento como parecia ser, antes de tudo provocava um estímulo para a mudança, para ajudar a emergir a vocação de cada um. Logo, foi e é um serviço àqueles que estão em busca e a todos para que descubram a sua vocação e lhe seja fiel.
Por isto, podemos identificar o MOVAD como sendo um dos sinais visíveis, concretos, de que a Província está viva, caminhando pelas estradas do mundo na tensão entre o ontem e o agora, como uma Comunidade que busca concretizar a sua dimensão Profética.

                                                           Por      Ir. Vilma Lúcia de Oliveira, FDC

[1] Cfr. Ibid. Trata-se de um item do relatório Geral dos dois Triênios do Governo de Ir. M. Clemens Santa Cruz Montenegro, onde também a Ir. Áquila Vieira de Lucena, responsável pela Formação, apresenta um relato dos três primeiros anos do Movad.
[2] Ibid. s/p
[3] As Metas eram: 1 – Fomentar a Unidade na Província; 2 – Dinamizar a Vida Comunitária; 3 – Recrutar e favorecer a Formação dos Membros; 4- Realizar e descobrir os valores pessoais. Cfr. Ibid. s/p
[4] Cfr. Ibid. s/p
[5] O sublinhado das palavras encontra-se no texto original.

25 ANOS DE MOVAD NA PROVÍNCIA N. SRA. DAS NEVES II


I – Do Movad a uma Província toda vocacional

Como disse  P. Cabra, a Vida Religiosa Consagrada concentra toda a sua atenção para o “mundo transformado” que o Senhor Ressuscitado inaugurou. É uma vida que vive desta beleza, alimenta-se desta maravilha, resgata e supera as dificuldades quotidianas por meio do esplendor do Ressuscitado e compreendendo a poesia do divino afina o sentido que possui do belo, porque Deus é lindo.
Logo, é belo dar-se a Deus, é lindo ser religiosa, Filha do Amor Divino. É belo tudo aquilo que nos aproxima de Deus. Como é linda a Igreja, como são lindos: o Templo, a Capela, as celebrações! Como é belo o canto, falar de Deus e servi-lo. É belo ainda não só o amor humano, mas também é imensamente belo o Amor Divino, o amor de Deus por nós e o nosso por Deus. Deus é lindo! Precisamos saber dizer isto com os olhos, com as palavras, com a ação, com a vida… cada uma de nós como também cada uma de nossas comunidades[1] .
Portanto, despertando este esplendor, esta beleza, ajuda-se no nascimento da consciência vocacional, ao mesmo tempo que se reanima a consciência de consagradas. Isto determina uma evolução vital,  uma relação íntima e eficaz entre o Movad e a nossa Formação permanente. Aqui está o sentido que projeta do Movad a uma Província toda Vocacional.
E em se falando de uma Província toda Vocacional, é bom trazermos à memória o que reflete uma das fontes consultadas testemunho que aponta para a origem e o dinamismo das origens do MOVAD como expressão de um todo vocacional.
A Equipe de Formação foi a mola mestra do processo vocacional e florescimento das vocações em nossa Província. Por ser formada de membros jovens, seguros de sua opção religiosa, não só atuaram pela criatividade e multiplicidade de atividades vocacionais, mas, principalmente pelos testemunhos de alegria e realização de sua consagração[2].

ii - Contexto

Os anos 70 podem ser caracterizados como tempos densos de história. História que surge de uma leitura acurada tendo em vista as descobertas dos efeitos transformantes provindos das crises, das mudanças em processo, das reflexões pós Concílio Vaticano II. Neste  período, sobretudo nas décadas de 60 e 70, constata-se um lento e progressivo empobrecimento quantitativo dos Institutos Religiosos. De um lado, crise, de outro, um processo de purificação de contínuo renovar. Neste contexto de crises, de desafios e discernimento, nasce o MOVAD, uma animação vocacional como impulso para a mudança.
Era o despertar de uma nova sensibilidade. Surgiu de um certo modo improvisado, a mercê da boa vontade e da criatividade das que, a princípio, toparam a “revolução” que a então Superiora Provincial, Ir. M. Clemens Santa Cruz Montenegro, convocara na reunião das Junioristas nos idos de 1975, em Ponta Negra, Natal, Rio Grande do Norte..
Tinha-se que lutar contra uma certa lógica, de quem ainda não tinha despertado para a problemática e que não raramente bloqueava a ação das pioneiras. A semente devia morrer para poder renascer. Eram muitas as críticas e os impedimentos. Claro, que estas reações procediam. Eram suscitadas pelos limites típicos das iniciativas insuficientemente amadurecidas. Eram confundidas com os recrutamentos de outrora. Também ainda não possuía uma programação e uma metodologia racional. Por outro lado, parecia muito com a espontaneidade dos carismas.

                                           Por      Ir. Vilma Lúcia de Oliveira, FDC

[1] Cfr. P. cabra, Vita religiosa in missione, Brescia 1989, p. 179-180.
[2] Relatório do Governo Provincial nos Triênios 1975/1977 e 1978/1980, já citado. O sublinhado encontra-se no documento original.

25 ANOS DE MOVAD NA PROVÍNCIA N. SRA. DAS NEVES I

ONDE O REINO CHEGA TUDO SE TRANSFORMA

“VEM E VÊ” (Jo 1, 46b)


                                                        Ir. Vilma Lúcia de Oliveira, FDC
                                                                      
                        

INTRODUÇÃO

O Movad, Movimento Vocacional das Filhas do Amor Divino da Província Nossa Senhora das Neves, é uma recente iniciativa que tem a sua origem no Governo Provincial de Ir. M. Clemens Santa Cruz Montenegro ( triênios 1975/1977 e 1978/1980). “Venha e veja” era o chamado oficial do nascente movimento.

Para a história, a expressão MOVAD, aplicada aos tempos precedentes, antes de 1975, não tem significação nenhuma, simplesmente não existia. Tal expressão adquire legitimidade, em primeiro lugar na medida em que é identificada, a partir de 1975, como uma nova atividade pastoral e, em segundo lugar, na medida em que se é possível fazer corresponder a esse tipo de atividade à animação vocacional que se verifica não só em nossa Família Religiosa como também em outros estamentos da consagração como o Sacerdócio Ministerial. 

Não pretendo fazer aqui a história do Movad, mas apenas uma rápida reflexão sobre os seus inícios e o seu lugar na História de nossa Província. É uma tentativa de análise, em linhas gerais, de um fenômeno particular, mas que impregnou toda a vida da Província Nossa Senhora das Neves. 

É uma reflexão a partir de uma experiência, também pessoal, testemunho que pode ajudar no processo da legitimação histórica do referido movimento, uma vez que também participei ativamente dos seus primeiros passos. Assim, tento dar o meu contributo para uma futura formulação de sua história. Trata-se de um testemunho verbal de uma velha vivência, que tem nas suas bases uma causa sempre nova, a vocação de Filha do Amor Divino e um questionamento que pretende ser o elemento crítico para a provável atualização do seu próprio agora: para que trabalhar no e com o MOVAD se não deixamos o seu espírito trabalhar em nós? Se são poucos os chamados, é porque não são numerosos os transmissores do chamamento . 

Então não se trata de ler o MOVAD como uma idéia ou uma atividade distante da essência de nossa identidade, mas de algo que pela sua abrangência e significado atua em cada uma de nós e conseqüentemente na evolução da Província Nossa Senhora das Neves.