MOVAD 2010

sábado, 16 de outubro de 2010

25 ANOS DE MOVAD NA PROVÍNCIA N. SRA. DAS NEVES II


I – Do Movad a uma Província toda vocacional

Como disse  P. Cabra, a Vida Religiosa Consagrada concentra toda a sua atenção para o “mundo transformado” que o Senhor Ressuscitado inaugurou. É uma vida que vive desta beleza, alimenta-se desta maravilha, resgata e supera as dificuldades quotidianas por meio do esplendor do Ressuscitado e compreendendo a poesia do divino afina o sentido que possui do belo, porque Deus é lindo.
Logo, é belo dar-se a Deus, é lindo ser religiosa, Filha do Amor Divino. É belo tudo aquilo que nos aproxima de Deus. Como é linda a Igreja, como são lindos: o Templo, a Capela, as celebrações! Como é belo o canto, falar de Deus e servi-lo. É belo ainda não só o amor humano, mas também é imensamente belo o Amor Divino, o amor de Deus por nós e o nosso por Deus. Deus é lindo! Precisamos saber dizer isto com os olhos, com as palavras, com a ação, com a vida… cada uma de nós como também cada uma de nossas comunidades[1] .
Portanto, despertando este esplendor, esta beleza, ajuda-se no nascimento da consciência vocacional, ao mesmo tempo que se reanima a consciência de consagradas. Isto determina uma evolução vital,  uma relação íntima e eficaz entre o Movad e a nossa Formação permanente. Aqui está o sentido que projeta do Movad a uma Província toda Vocacional.
E em se falando de uma Província toda Vocacional, é bom trazermos à memória o que reflete uma das fontes consultadas testemunho que aponta para a origem e o dinamismo das origens do MOVAD como expressão de um todo vocacional.
A Equipe de Formação foi a mola mestra do processo vocacional e florescimento das vocações em nossa Província. Por ser formada de membros jovens, seguros de sua opção religiosa, não só atuaram pela criatividade e multiplicidade de atividades vocacionais, mas, principalmente pelos testemunhos de alegria e realização de sua consagração[2].

ii - Contexto

Os anos 70 podem ser caracterizados como tempos densos de história. História que surge de uma leitura acurada tendo em vista as descobertas dos efeitos transformantes provindos das crises, das mudanças em processo, das reflexões pós Concílio Vaticano II. Neste  período, sobretudo nas décadas de 60 e 70, constata-se um lento e progressivo empobrecimento quantitativo dos Institutos Religiosos. De um lado, crise, de outro, um processo de purificação de contínuo renovar. Neste contexto de crises, de desafios e discernimento, nasce o MOVAD, uma animação vocacional como impulso para a mudança.
Era o despertar de uma nova sensibilidade. Surgiu de um certo modo improvisado, a mercê da boa vontade e da criatividade das que, a princípio, toparam a “revolução” que a então Superiora Provincial, Ir. M. Clemens Santa Cruz Montenegro, convocara na reunião das Junioristas nos idos de 1975, em Ponta Negra, Natal, Rio Grande do Norte..
Tinha-se que lutar contra uma certa lógica, de quem ainda não tinha despertado para a problemática e que não raramente bloqueava a ação das pioneiras. A semente devia morrer para poder renascer. Eram muitas as críticas e os impedimentos. Claro, que estas reações procediam. Eram suscitadas pelos limites típicos das iniciativas insuficientemente amadurecidas. Eram confundidas com os recrutamentos de outrora. Também ainda não possuía uma programação e uma metodologia racional. Por outro lado, parecia muito com a espontaneidade dos carismas.

                                           Por      Ir. Vilma Lúcia de Oliveira, FDC

[1] Cfr. P. cabra, Vita religiosa in missione, Brescia 1989, p. 179-180.
[2] Relatório do Governo Provincial nos Triênios 1975/1977 e 1978/1980, já citado. O sublinhado encontra-se no documento original.

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